sábado, março 05, 2005

climbing trees

Elas exercem um facínio sobre mim. Elas, as árvores. Elas estão na minha memória e em meu imaginário. Olho-as fixamente como se me pudessem falar.
Pois se me podem emocionar...
Estão, as araucárias, na estrada, quando estou chegando em casa. Está sempre em época de seca, só e nem por isso menor, o ipê amarelo no campus da unirversidade. Está imponente, onde quer que esteja, a palmeira imperial. Nas fotos da China, as cerejeiras encantam. E em rua paulistana, uma figueira é. Em Cataguases, no reveillon, uma árvore, em uma colina - a fotografia do respeito. No jardim de casa, dando a noção do tempo, o pinheiro que há muito ultrapassou minha altura. O pinheiro de natal. Quando criança, no sítio, a irresistível jaboticabeira, cujos galhos me sustentavam por horas e horas a fio.
Gosto de enxergar uma árvore na floresta. E tudo o que sempre quis foi morar num lugar onde as estações do ano se pudessem identificar nas árvores verdes, brancas, coloridas, desfolhadas.
Parece que na vida estou sempre pensando em subir nas árvores.

***

Estupefada. Depois de escrever essas linhas, comecei a assistir Sylvia. Imediatamente depois. E, assustadoramente, as primeiras palavvras do filme são:

"Sometimes I dream of a tree. And the tree is my life.
One branch is the man I shall marry. And the leaves, my children.
Another branch is my future as a writer. And each leaf is a poem.
Another branch is a glittering academic carreer.
By as I sit there trying to chose, the leaves begin to turn broun and blow away until the tree is absolutly bare."

O que me traz de volta à trilha sonoro do dia:
"Não quero passar agosto esperando setembro..." do Zeca.

1 Comments:

At 11:43 PM, Blogger Tess said...

Passar agosto esperando setembro... isso tem um significado na minha vida.

 

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