domingo, abril 03, 2005

Dominguera

Levantei e experimetei a tapioca. Gosto de nordeste! Voltei pra cama com aquela lezera, embriaguês de domingo. Fiquei lá, deliciando-me com Page. "Em um mundo em que a opinião pública está confinada nas pesquisas às possibilidades sim, não e sem opinião, Antoine não queria preencher nenhum quadradinho". Então fez-se a programação de domingo. Saimos. No caminho descobri: vou mesmo morar no Paraíso! E o Alaska fica por lá! É a melhor sorveteria, a mais antiga, de sampa.
Enfim...seguimos pra Interlagos. Sesc. Show da Maria Rita. Enquanto aguardava olhava a multidão embaixo e um avião que passou longe, entre as cumulus coloridas no azul celeste. Longe. A realidade de quem estava naquele avião estava muito distante da multidão que eu olhava. Mas também fazia parte.
Começou o show. Que show! Se tivesse pago os R$150,00 pra assistir no credcardhall, sairia feliz. Paguei R$6. Ela é A intérprete. Conversa com o público. E, fantático, dá as referências da músicas. Ela respeita os compositores e os músicos. Demais. Também conta histórias. E sabe ser engraçada. De surpresa: as canções Conta outra, inédita, e Minha Alma. Isso mesmo, Maria Rita canta Rappa. Versão legal. Forte.
Voltamos pra casa. Comidinha e vinho argentino. De sobremesa creme de papaia com cassis. Voltei àquela embriaguês do começo do dia. Agora vou ter com Paige novamente. Ou me entregar ao Livro de Cabeceira.
Acho que não vai ser difícil gostar da vida nessa cidade. : )