segunda-feira, dezembro 19, 2005

êta!

Êta terça feira que promete...
O fim de semana foi só de anunciações.
Na sexta não conseguia ver comida pela frente, que me embrulhava o estômago e enchia os olhos d’água. Meu salmão pra viagem fez a alegria de um menino na rua. E a minha também.
De noite pus o sono em dia: 13 horas ininterruptas. Quase morta.
Levantei pra mais uma aula de sábado. Desta vez sobre comunicação. Lembrei-me da Ju que horas antes debatia o assunto. E a primeira lição não fora diferente daquilo que eu a havia dito: a comunicação é natural! Portanto, nossos problemas acontecem porque desaprendemos com o tempo. Perdemos a sensibilidade e a disposição necessárias para a observação do outro. E desaprendemos a ouvir, quando apressados, enquanto o outro fala, já articulamos as respostas.
Da aula pra um choppinho com steinhaeger e uma bisbilhotada no presente de natal.
E muitos papos de menininha. E um entendimento maior das coisas que se passam.
O domingo começou com uma chuvinha rala, típica da cidade da garoa, e uma voltinha na Liberdade pra comprar nori e budinhas e conhecer a melhor padaria do pedaço.
De lá pra um churrasco muito divertido. Com direito a mau mau e videokê. Pra relembrar minha vocação pra backvocal!
Bastante alcoolizada fui levar a Fer à rodoviária. E voltei pra casa pra ouvir meu cd novo: Ana e Jorge.
Agora quero comprar Nando Reis e os Infernais. Mas vai ficar pra depois da lista de natal.

***
Vem
Vem comigo
É um convite
Parodiar os poetas
Numa história sem figurão
Sem figura de linguagem
Deitar lá
Onde esteve tantas vezes
Sem saber até
No meu lençol tanto faz escuro
No meio fio, na contra mão, no duro.
Vem
Vem comigo
É um convite
Caminhar a passos largos
Levando minha bandeira no peito
E, olha, você está lá
Também
Atrás da bandeira
Com o aconchego na mão
Desembrulhado
No tamanho errado.
Vem
Vem comigo
É um convite
Pôr água demais na aquarela
E deixar a obra de arte secar à sombra
E afinar no tom e errar na letra
E tocar campanhia
Olhar o mapa mundi de lado
E me botsr um anel na terra
E voltar ao assunto inacabado
Sem ficar assim terminado.
Vem vem comigo é um convite
Enrolar o pescoço e dar um nó frouxo
E morder a areia e cuspir fogo
E me tirar a caneta
E me tirar a pilha
E me deixar a boca, e o ombro
E soprar até encher o balão
E me proibir de dizer e
Me proibir de imaginar e me fazer
Fazer.
Vem
Vem comigo
É um convite
Viver.
Vem.