quinta-feira, julho 20, 2006

Esperando Godot*

Não acho que seja Deus, mas a morte. Se é que diferem.
A música insiste, tenta uma vez mais ocupar o vazio da espera. Mas os pés doem. Tomam seu lugar. Voltam sempre a doer.
Precisam um do outro. E ainda assim duvidam de sua existência.
O algoz é quem leva a pensar.
A árvore. A única que se transforma. A árvore é tudo.


*peça de Beckett, montada e encenada com primor e São Paulo.