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o que é que separaeste turbilhão
do resto do mundo
neste semblante plácido?
o que é que amortece
esse palpitar
esta respiração ofegante
neste corpo lânguido
o que é que
neste seu olhar?
***
Inspiro
expiro
respiro
por isso vivo
inspiração
***
gostar não é achar perfeito
reconheço
gosto mesmo de alguns defeitos
***
o corpo tem memória
se lembra o meu
com saudades
do seu
***
ó escuridão, o que te faz triste?
ó solidão, o que te faz viva?
A luz faz viva a sombra
A saudade, triste o só.
***
Nunca antes senti
essa amargura
jamais incomodou-me a alegria
Agora fujo dos sons
Fecho-me para não ver
a felicidade alheia.
Ofendo-me: mesquinha
Defendo-me: sozinha!
***
De relance o olhar febril
na velocidade dos aflitos passos
revela, num interim, a alma senil
a despeito dos juvenis traços.
***
Ou quem sabe a dúvida?
É tão dificil ser
afirmativo e
manter a doçura
Quero saber o que
em mim sou eu.
Talvez seja a procura.
***
Nada é.
Tudo pode ser.
2 Comments:
Eu *coração* a Gabi!
oi, mocinha! bom encontrar por aqui alguns antigos conhecidos. ;) tb sinto sua falata. um abraço!
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