sábado, junho 16, 2007

começar de novo

Estive calada. Com uma mordaça.
Da rotina. Da ilusão do completo.
Metade não escrevo. Não falo.
(E não se viram muito gabriela e andrea.)
É da junção, do choque, que nascem as palavras.
Elas são ruído e eco, dispostos.
Andei surda. E surda não pude traduzir as tormentas.
Menos a brisa.
Não posso me redimir dos esboços desperdiçados, lamento.
Mas posso começar de novo.

***

Menos surpresa que a exposição de Guimarães Rosa, "A hora da estrela" de Clarice, no museu da Língua Portuguesa, serviu para me despertar.