domingo, maio 01, 2005

Fim de semana sem mais

Fim de semana promissor. Começou com uma volta pela Consolação, em busca do lustre perfeito. Nas ruas descubro que realmente o capitalismo é uma beleza! Vendem de tudo no sinal. Como em todo lugar tem bala, entreterimento e o condomínio celeste da consciência. Mas em São Paulo as coisas acontecem primeiro. Já há quem venda peito no sinal. OK. Mas, de volta ao que interessa... Não é que ele estava lá?! Meu primeiro lustre! Um panelão. Fez toda a diferença.
O quarto ainda precisa de ajustes. Faltam os puxadores para as portas dos armários, travesseiros fofos, tapetes com outro ar, um criado mudo. Adoro esse negócio: criado mudo. É como ter um mordomo, um servo, um cúmplice, só que mais confiável! Pensamento frouxo e barato esse, mas enfim, eles correm à frente da própria censura e os dedos só fazem ser fiéis.
Fim de sábado: surpresa boa. Diários de Motocicleta. Queria há muito ver o filme, mas não conseguia. Uma briga interior, preconceito versus curiosidade. E um pouco mais. Mas valeu o golpe. Sim, foi sem querer, querendo. A paisagem encanta. Fora o fato de que o Brasil não consta na América Latina do filme, posso dizer que temos, sim, primeira pessoa do plural, eu e demais brasileiros incluidos, um belo continente. Fora isso, O Gael conseguiu até fazer nascer uma certa simpatia por Che em mim.
Dormi até tarde no domingo. Mais um livro ali, um sapato aqui, uma tomada. E o quarto tá me convidando a entrar e viver uma vida nova. Adoro esse negócio de mudar por que junto com os ambientes a gente pode se reinventar.
Almoço às quatro, a três, comida libanesa. A sobremesa caiu bem: mantegal - uma mistura de tâmara com uma massa amantegada, coberta por pistache, ainda com uma deliciosa calda de laranja e água de rosas. Ai ai.
Enfim, o figurino ajuda no astral. Está fazendo um friozinho acolhedor, com cara de cachecol. Colorido. E assim rumo para o teatro. Vez da surpresa ruim. O melhor da peça é a sinopse. E talvez a idéia. "A última viagem de Borges", em busca da palavra perdida. Que tristeza, um equívoco atrás do outro e a Sherazade encheu, foi o fim. Salvaram-se as poucas palavras do verdadeiro Jorge Luis Borges - a realidade é o produto do sonho dos que já morreram - ou - as maiores batalhas se dão em silêncio - ou ainda - como enfrentar o espelho?
Uma lástima, mas não se pode acertar o tempo todo. Ao menos, no Sesc descobri que as celebridades de São Paulo se misturam com a gente anônima, não ficam segregados em setores inexplorados. Porque estava cansada de responder à primeira pergunta que fazem a quem quer que seja que mora em Brasília: você ja viu o presidente? NAO, nunca o vi pessoalmente. Mas sim, já vi os atores globais em São paulo ( a quem possa interessar).

1 Comments:

At 11:10 PM, Blogger Tess said...

Mas c nem viu a Sandy em Campinas!! Num vale de nada!! Hehehe!! Bjs proce!!

 

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