sexta-feira, maio 19, 2006

Kundalini

Esta foi meu primeiro contato com as meditações ativas do Osho. Um grupo de pessoas interessantes e uma atividade deliciosa.
Coisas conhecidas que ganham novo sentido... As sinestesias, velhas amigas, enternecendo a noite. Leiam-me não só com os olhos, se puderem.
Energia. Rincões do corpo esquecidos desde a infância talvez.
O pé pensando o pé; o braço, o braço; as mãos, as mãos. E só assim a cabeça pode pensar só a cabeça. É preciso entregar-se ao clima.
Um sorriso arterial. Ainda maior que aquele dos olhos adorado.
Os olhos fechados. E os ouvidos abertos. Um ladrar, um tilintar, um celular.
A respiração. Minha e dos demais. Os tecidos do que imagino calças em atrito.
A catarse. E a dança. E a observação. E a paz.
Pensamentos divertidos. Lembrar do beija-flor num filme. Deixar o corpo cair à gravidade.
Sentir o frio vindo da superfície do chão, do colchão, da pele. E o embate com a circulação aquecendo os músculos ativados.
As narinas excitadas com o cheiro de incenso disperso. O jogo de sobra, de cinza, e de cores, entre os cílios e as retinas. Os cabelos leves. Vivos.
E o silêncio.
...
...
...
O despertar ao soar do sino. Despertar com energia para seguir. Fazer o que tem que ser feito.
E dormir uma noite de sono como há muito não fazia. Sono profundo, sonhos sutis, descanso.

1 Comments:

At 6:53 PM, Blogger luizgusmao said...

puxa, déa, vc observa td isso? eu só sinto coceiras, queimação, dor nas costas, dor nos joelhos, formigamento, respiração leve e rápida, cheiro de poeira, vento frio na orelha... e a mente serena, a observar td, a acolher td, procurando manter perfeita equanimidade diante da eterna mudança.

adorei seus comentários! aguardo sua chegada no dia 15.

um abração cheio de saudades,
luiz

 

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