segunda-feira, novembro 07, 2005

Duas palavras:
Anfitriã e deplorável.
Pra resumir.

Sexta-feira de chuva. Desisti de acompanhar uma magnífica cerimônia de autenticação: o casamento de uma conhecida de um amigo. Mas era muito trânsito. Ou melhor. Não havia trânsito nenhum, estava tudo parado mesmo. Trocamos então o sagrado matrimônio por uma boa conversa entre emigrantes uberabenses: Lu, Gi, Sr. Herlei e eu.
Mais tarde entregamo-nos aos vícios. Lugar escuro, cheio de fumaça, álcool e pessoas seminuas no balcão. Todos pasmos com a noivinha em despedida de solteira que ganhou morango na boca e tomou uma tequila um tantinho exótica. E a conclusão: os meninos realmente gostam da Fê, porque, ô lugarzinho pra comemorar aniversário...
Mas eu me diverti. Nada como um incentivo...a gente vai parar em cada lugar. Em cima de cada lugar...

A tênue linha que separa a sexta do sábado esquecemos de reparar e quando dei por mim eram 6:30h da manhã e daí a uma hora eu me levantava para rumar pra aula em que fazendo exercícios eu descobri que pra sorte de todo mundo pelo menos do Brasil eu não sou do COPOM e aula por sua vez que acompanhei nesse mesmo ritmo frenético monótono sem pontuação com que escrevo este parágrafo curto mas interminável. Valha-me deus, como é difícil enxergar.
De volta ao lar, e sem saber o meu papel direito, assisti a Gi e a Lu fazendo uma comidinha cujo cheiro nunca mais vai sair dos azulejos da minha cozinha em dias de bom humor e de saudade. Aquela cozinha nunca tinha sentido aquele cheiro, pelo menos nos últimos 8 meses. E elas se preocuparam com tudo. Com o que eu gosto de comer, com o intolerância aos ossos e ao gás na bebida pra acompanhar. Comi como nunca aquela comidinha com sabor de casa e com tempero de amizade. Dizem elas que é muito bom cozinhar pra mim. Mas era eu a anfitriã, certo?
Certo. E fiquei feliz em saber que sou boa em receber as pessoas porque as deixo a vontade, sentindo-se em casa. E que as faço rir. E que rio muito. Se é bom cozinhar pra mim, melhor, segundo a Lu é me contar piada.
Dormi. Simples assim. E acordei no domingo querendo levar a Gi pra ver alguma coisa de São Paulo além do meu quarto e de um antro de perdição.
Fomos ao Itau cultural para ver a exposição Homo Ludens. Como é bom aventar a criatividade!! Entre o faz de conta, as travessuras e a ilusão, ficamos com as travessuras.
Bons amigos são melhor que memória pra lembrar a nossa história. A Lu lembra de mim como uma rocha, alguém que agüenta tudo sozinho, sem pedir ajuda. E como quem escreve difícil. E quem , no sonho de outra pessoa apareceu como um ipê roxo. ?. Não mudei tanto quanto eu pensava. A Gi lembra de muita coisa.
Papos sobre ética no trabalho e tratamentos fisioterápicos também levarma o dia.
Muita gente em casa, bolo e velinhas. Pouco sono. Ah, só pra ficar claro, deplorável é o meu estado sonâmbulo.
E dia de labuta.