pilulíticas
Uma página sóbriaNem uma palavra esdrúxula
Nada que explicasse aquela régua preta
Perene
Medida sem medida aquelas linhas.
Página em branco.
***
A boca entreaberta não era sedução.
Estava seca.
Sorvia a umidade do ar
Degustava com a palma da língua
A vida.
***
Tinha as mãos de alabastro encarnadas.
O roçar da labuta as deixara insensíveis.
Mas doía aos olhos.
Vedou-se. Pusilânime que era
Aos olhos dos outros.
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