Insone
Altiva, ríspida, sem risoA vida, agora, nele ardia.
E nem bom e nem mal juízo
Desta soberba se fazia.
O mesmo vulto acovardado
Outrora, pujança exibiu
Ora soturno e disfarçado
Nada viveu, nada sentiu.
Pudera eu tê-lo abraçado
Tê-lo aquecido, tê-lo amado
Porém confesso que não pude.
Ainda belo, comovia
E dulcissimo nos seria
Não fosse, ele ou eu, tão rude.
***
"He loved three things alone:
white peacocks, evensong,
old maps of America.
He hated children crying,
And raspberry jam with his tea,
And womanish hysteria.
...And he had married me."
"I"m not yet cured of happiness".
Anna Akhmatova
2 Comments:
paraí... o soneto "altiva, ríspida, sem riso" é uma traduação q vc fez da akhmatova? cara... como éq vc conseguiu manter a métrica e as rimas? parabéns, déa. temos agora uma consumada poetisa.
luiz...o primeiro é meu!
mas obrigada pela confusão, fico lisongeada!
Postar um comentário
<< Home