segunda-feira, janeiro 23, 2006

geometria analítica

O riso e o choro, igualmente intensos, igualmente incompreendidos, igualmente mal interpretados.
Na apologia ao equilíbrio aniquilados.
Não perceberam ainda que o equilíbrio não está no fiel da balança, mas nos pratos?
Ele não está no meio-termo, não está no centro. Está mais para o encontro.
Nada da geometria de Euclides, nem da matemática de Newton. Gosto de Galileu. Que transforma o plano em circunferência.
Veja uma reta. Numa escala que parte de rir e chega ao chorar. Onde está o equilíbrio?
Creio eu que no encontro da extremidades. E onde elas se encontram?
Onde se tocam? Quando convivem?
Volte à balança. O fiel está sempre lá. Imóvel. Diz-se dele equilibrado? Ou parado?
O equilíbrio é movimento.
E é loucura. Rir e chorar ao mesmo tempo?
Nem ponto, nem reta, nem plano.
Sentidos.