sexta-feira, agosto 12, 2005

SEM LUGAR

As referências não estão para mim no lugar. E não estou confusa. O que digo é que o meio fio sobre o quel tento me equilibrar é a liberdade. E as raízes e clausuras não seguram sequer minhas crenças.
Fui pela primeira vez a um enterro ontem e, lá, não podia deixar de pensar no sentido de todas aquelas edificações. As pessoas queridas não ficam ali. Não estão ali, mas em sua nossa lembrança, nas palavras, em sua obra e descendência. Não há lugar para ter com eles. É como a força das crenças, que não está na instituição ou no prédio. Está dentro de mim, onde quer que eu esteja - em meu quarto, na praia e até na igreja ou no cemitério.

As emoções fortes desgatam mas também ensinam que um abraço ou uma presença podem ser muito o que fazer por alguém.