quinta-feira, agosto 21, 2008

Eleição


Começo pedindo desculpas a quem veio parar nest link atrás de candidatos a representantes do povo.
É outra eleição que me seduz.

No ano de centenário da morte de Machado de Assis, a Academia Brasileira de Letras tem uma disputa acirrada pela cadeira que ele inaugurou.

http://www.estadao.com.br/arteelazer/not_art228205,0.htm

Disposições (e indisposições) à parte, tenho meu favorito, o mineiríssimo Ziraldo.
A lá sofista, mineiramente falando, se os Deuses são imortais e se os deuses são polticamente incorretos ( e quem conhece um pouquinho de mitologia - qualquer mitologia - sabe que isso é bem verdade), logo os imortais são politicamente incorretos. E se depender disso Ziraldo está na frente.
Mas não é só a lógica que me leva a votar nele.
Tem um cadim de peso sua importância na minha formação. À semelhança daquele que inaugurou a cadeira em disputa, ele também é culpado por, hoje, eu ler tudo que passa pela frente - de quadrinho a biografia, de bula de remédio a enciclopédia, de placa na rua a obras clássicas em todos os idiomas que logro.
Não é a primeira vez que vou dizer isso: sofro da síndrome de menino maluquinho! Quero abraçar o mundo com as pernas. E sou assim desde que nasci, mas sei disso apenas desde os 8 anos - quando li o menino maluquinho pela primeira vez, colori aquele figura de um menino com cara de sapeca e de pernas compridas que envolviam o globo terrestre, e me descobri.
Foi com textos de Ziraldo também que desenvolvi meu senso de humor. E senso de humor pode salvar o mundo.
Eis a defesa que faço deste candidato: fazer ler, antes de tudo. Se há um candidato nesta eleição que provoca, que formou e forma leitores (e por que não escritores?), que promove as letras, este é Ziraldo.
Talvez eu seja voto perdido, (isto é comum em política, não seria muito diferente do que estou acostumada). Mas não serei só um voto útil. Fico com meu sonho de abraçar o mundo com as pernas.
FONTE DA IMAGEM: http://www.meninomaluquinho.com.br/
SOBRE ZIRALDO: http://www.ziraldo.com.br/

terça-feira, agosto 19, 2008

outro "perdas e ganhos"


Hoje ganhei uma aposta e com ela um vinho.
Lembrei-me de como é bom ganhar, normalmente.
Mas também de como pode ser bom perder vez por outra.

Perder no jogo pra fazer alguém feliz.

Perder o trem pra encontrar o amor na estação.

Perder a hora e ter um sonho bom.

Perder o juizo e se entregar a emoção.



Só não vale perder o humor.
E é bom não perder a razão.
Um brinde à aposta!

quinta-feira, agosto 14, 2008

4 anos e brilhante!

Fazendo a adição do +1 pela primeira vez:
1+1 = 2
2+1 = 3
3+1 = ....
pensa, pensa, pensa...
3+1 = 3.
mãe*: porque você escreveu 3?
menina**: porque não é 2 + 2 que é igual a 4 ?

*SS
*TS

Imagina o desperdício se a mãe não tivesse perguntado?

Pequenas grandes alegrias

jogado no sofá olhar a lua pela janela,
caber na calça que só vestia uma perna,
receber um cartão - de longe ou da esquina - um lembrei de você neste lugar,
reconhecer um aroma de infância ou de romance no ar,
descobrir uma palavra nova para você e salpicada em bons textos lidos,
ganhar um inesperado beijo gostoso, de mais de 5 segundos,
dar uma boa gargalhada de um tombo, um mico, uma tirada,
continuar mulher depois de passar por baixo da escada.

terça-feira, agosto 12, 2008

anéis e espelhos

Não dá pra saber se "estamos" ou se "estou" menos envolvida com as Olimpíadas.
Há quatro anos eu era outra e meu círculo de contatos também.
O fato é que agora não vejo ninguém eufórico com um jogo ou medalha. Tudo parece "default", "pro forma". Até a quebra dos recordes agora é feita em massa.
A menina que abriu os jogos era uma farsa, em detrimento da verdade que encanta no esporte, em detrimento do encanto da voz, prevaleceu a imagem. Que, afinal, vale mais que mil palavras. A esperança não encontra muito espaço frente às probabilidades e toda a tecnologia que prevê.
O horário do ao vivo também não permite que a gente simplesmente se entregue.
E no replay, na gravação, no vt, a emoção do resultado, do ponto a ponto, do segundo a segundo, nem de perto é a mesma.
Resta, para os mais apaixonados, rever a expressão do atleta, o movimento do corpo, o olhar de expectativa, a superação em equipe...
Mas fora este momento contemplativo, tudo parece uma grande vitrine.
Os anéis propõe juntar o que sabemos estar apartado.
Talvez estando lá, fazendo parte, eles façam mais sentido.
De ca, do outro lado do mundo, parece um grande circo.
Pão e circo - já sabiam os romanos. Deveriam ser deles as olímpiadas, não dos gregos.
Enquanto os jogos e os anéis tomam conta das notícias o mundo gira.
Não sou engajada, aliás sou bem alienada, por comodidade.
Mas quando o circo era mais humano ou quando eu era mais inocente era mais gostoso.
Os jogos olímpicos sempre foram um grande espelho e projetor da política e da economia mundial.
Desta vez não é diferente.
Mas não era para isso que eu ficava vidrada na televisão. Era para ver a gente.
Tudo igual e tudo diferente.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Atualização.

"Casei". O nome dele é Rodrigo. Mais informações só pessoalmente, pois não gosto de expor a vida alheia.
Mudei de emprego. Agora trabalho com marketing direto. Na OgilvyOne Consulting. Sem mais delongas.
Mudei de casa. SIM! Foi-se o tempo da república. Tempo bom. Mas que bom também que se foi! Agora tenho mais que o quarto. E também divido mais que o resto.
Estou fazendo uma especialização. Não é de espantar que seja em...Marketing Direto! Na ABEMD (Associação Brasileira de Marketing Direto) - não sei não mas acho que está ficando repetitivo isso.
Agora pego o trânsito de São Paulo para ir e vir...agora entendo um pouco mais sobre a cidade.
Tenho feito incursões pela cozinha - nada grave, mas bem pouco modesta já criei meu "spaguetti de atum suave". (Tem um segredo, que já está se espalhando porque a todos que têm a coragem de me visitar para comê-lo eu conto o motivo de meu orgulho quase infantil).
Mudei de celular, de email, de plano de saúde, de tv, fiz até uma previdência privada, mas continuo com dificuldades para trocar o presente pelo futuro.
Tenho viajado pouco.
Terei que viajar por aqui mesmo.

intimista

provavelmente ninguém lerá este post tão cedo dada a "inoperança" deste blog.
pensei em criar um novo para recomeçar, mas não posso.
minha identidade 2G está aqui, rs.
dá pra mudar a cor e o corte do cabelo, mudar de astral e humor, mas não dá pra negar o antes.
vim do antes e ao antes voltarei.
voltarei em nova versão, com um olhar novo, provavelmente até com bastante vocabulário inédito, mas com o mesmo intuito: me comunicar com os amigos, guardar meus melhores momentos e ter onde voltar quando a saudade aperta: os comentários!!
esta volta é uma declaração: estou com saudades das vozes e das discussões de buteco.
e com a distância e a lei seca, o jeito é armar o buteco por aqui mesmo (sem limitação ou preconceito para/com para as marcas de cerveja!)
certamente perdi a mão ao longo do tempo, mas nada que a paciência de outrem não permita recuperar, espero.
então, sem alarde, pra ver se a coisa melhora até que redescubam este movimento, estou aqui.
é bom estar aqui.