terça-feira, janeiro 31, 2006

e tanto!

Eu ia escrever um monte de coisas... mas algumas pessoas simplesmente me tiraram o fôlego!
Obrigada a todos que se lembraram do meu aniversário; de perto e de longe - de São Paulo, de Minas Gerais, do Distrito Federal, da Argentina e do Japão!
Aos que ligaram no primeiro minuto e aos que ligaram no último.
Aos que escreveram e aos que não conseguiram falar comigo!
Aos que, mesmo sendo eu uma amiga sumida e desnaturada, ainda têm certeza de que os amo muito!
Obrigada aos que comeram bolo comigo e que fizeram me sentir em casa, nesta que agora é minha cidade. Obrigada a quem me esperou em casa para me dar de presente esta sensação boa de que tudo pode nos surpreender, e de que aniversario é mesmo uma delícia!
Beijos.
Foi um feliz aniversário e tanto!

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Leituras

Para quem gosta de romance, leia "O Caçador de Pipas".
Entre os mais vendidos, alguma sensibilidade.

máximas

O meio do caminho é o lugar mais longe de tudo.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

janela de johari

Da fama não posso falar com propriedade sem tê-la experimentado, mas do anonimato posso afirmar: não é confortável.
Há uma enorme parte de nós que sozinhos não conseguimos ver. E, quando outros se atentam para ela facilita a nossa descoberta.
E não há pouco tempo que sabemos disso.
Desde, ao menos, quando inventamos o espelho.
Os espelhos são para os anônimos.

geometria analítica

O riso e o choro, igualmente intensos, igualmente incompreendidos, igualmente mal interpretados.
Na apologia ao equilíbrio aniquilados.
Não perceberam ainda que o equilíbrio não está no fiel da balança, mas nos pratos?
Ele não está no meio-termo, não está no centro. Está mais para o encontro.
Nada da geometria de Euclides, nem da matemática de Newton. Gosto de Galileu. Que transforma o plano em circunferência.
Veja uma reta. Numa escala que parte de rir e chega ao chorar. Onde está o equilíbrio?
Creio eu que no encontro da extremidades. E onde elas se encontram?
Onde se tocam? Quando convivem?
Volte à balança. O fiel está sempre lá. Imóvel. Diz-se dele equilibrado? Ou parado?
O equilíbrio é movimento.
E é loucura. Rir e chorar ao mesmo tempo?
Nem ponto, nem reta, nem plano.
Sentidos.

estabanada

É incrível como algumas coisas não mudam, e mais, como alguns traços de personalidade vão ficando mais fortes com o tempo. Só este fim de semana consegui uma linda cicatriz no braço esquerdo depois de me atracar com a maçaneta da porta ao chegar de madrugada - o que me redeu uma antitetânica e um braço latente por dois dias - e um roxo, pasme, no nariz, que consegui bater noutro lugar de cima para baixo.
Ah! e também outros pequenos hematomas de menor importância.
ai ai ai
Vai ser estabanada assim lá longe!

Baú


Zero está contido em Dez

Tudo e nada se completam, ao contrário do que dizem por aí, os opostos coexistem, não se excluem. Assim como o preto está no branco, o nada está em tudo.
Matematicamente, é como dizer que 0 É 10. Dado que nosso sistema numérico é decimal, temos 0 como sendo nada e 10 como sendo tudo.
Decompondo, 10 = { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}. Ora, nossos dez algarismos são estes! Eles são dez, e dentre eles está o zero. Assim acontece, também, com tudo e nada. Tudo só pode ser tudo se incluir o nada. Do contrário seria tudo menos nada, que é diferente de tudo! Não está claro?
Assim também podemos decompor o branco. Se se apagam, uma a uma, as cores que compõem o branco – que não é outra coisa senão a soma de todas as cores - ao final restará o preto, ou o nada – a ausência de cor! Simples assim.
O que me intriga nisso tudo é não poder apagar o nada, ou o preto, antes das outras cores!
Enfim, sem muita divagação, dizer que 0 É 10 não é grande novidade. Os matemáticos sabem disso há tempos. As aplicações é que podem surpreender. Creio que somente as intuem no dia a dia as mulheres.
Experimente qualquer dia perguntar a uma mulher de cara amarrada "o que foi?". Ela naturalmente responderá "nada!". - Este diálogo se passa todos os dias em algum lugar. Acontece que as mulheres sempre ficam descontentes com o fim da conversa, porque ficam aguardando, por certo, a outra pergunta (que por ignorância nunca vem): "e o que mais?".

sexta-feira, janeiro 20, 2006

News

A novidade, em si mesma, nada significa, se não houver nela uma relação com o que a precedeu. Nem, propriamente, há novidade sem que haja essa relação. Saibamos distinguir o novo do estranho - o que, conhecendo o conhecido, o transforma e varia, e o que aparece de fora, sem conhecimento de coisa nenhuma.

Ricardo Reis

quinta-feira, janeiro 19, 2006

sing a song

Esquadros
Adriana Calcanhotto
Composição: Adriana Calcanhoto
eu ando pelo mundo prestando atençãoem cores que eu não sei o nome cores de almodóvar cores de frida kahlo, cores passeio pelo escuro eu presto muita atenção no que meu irmão ouve e como uma segunda pele, um calo, uma casca,uma cápsula protetora eu quero chegar antes pra sinalizar o estar de cada coisa filtrar seus graus eu ando pelo mundo divertindo gente chorando ao telefonee vendo doer a fome nos meninos que têm fome pela janela do quarto pela janela do carro pela tela, pela janela(quem é ela, quem é ela?) eu vejo tudo enquadrado remoto controle eu ando pelo mundo e os automóveis correm para quê? as crianças correm para onde? transito entre dois lados de um lado eu gosto de opostos exponho o meu modo, me mostro eu canto pra quem? pela janela do quarto pela janela do carro pela tela, pela janela(quem é ela, quem é ela?)eu vejo tudo enquadrado remoto controle eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê? minha alegria, meu cansaço? meu amor cadê você? eu acordei não tem ninguém ao lado pela janela do quarto pela janela do carro pela tela, pela janela(quem é ela, quem é ela?) eu vejo tudo enquadrado remoto controle

segunda-feira, janeiro 16, 2006

salve 2006!

Se tudo se mantiver como começou será um grande ano este.
Cercada de amigos, muitos happy hours e muitas viagens, ainda que curtas.
Durante a semana, muitas emoções. No trabalho as novidades estão abundando. Pra relaxar, portanto, todos merecemos algumas distrações no fim do dia. Por isso, a rua Joaquim Távora esta virando um anexo da área de serviço. Na sexta feira o programa se diferenciou um cadinho: fomos jogar boliche no centernorte. E eu me diverti com mais um daqueles momentos curiosos de mescla de mundos – desta vez um mix Brasília - São Paulo.
Já aos sábados e domingos...num fim de semana resolvemos explorar o interior de São Paulo. Fomos parar em Martinopolis, equidistante 100km do Mato Grosso do Sul e do Paraná. A 550km de Sampa, para prestigiar o casamento dos amigos.
E no seguinte, isto é, ontem e anteontem, já que era pra deixar dois amigos num retiro em Arujá, meio do caminho pra praia, lá fomos nós. Eu e mais duas malucas rumo ao mar. Pra começar, um "bom dia’ inusitado, a um rapaz no ponto de ônibus onde eu pretendia descobrir a estrada. E daí pra frente foi só melhorando, ou piorando, a depender do ponto de vista. Sem documentos do carro, com a carteira vencida, e guiada pelo anjo da guarda de viagens, chegamos sãs e salvas a Bertioga. Lá estendemos a canga e deitamos ao sol. Num cochilo iluminado veio a idéia de seguir até Riviera de São Lourenço. Lugar bonito aquele.
Passamos o dia na praia, cercadas de gente bonita e de uma paisagem maravilhosa, que combinava o paisagismo natural com a arquitetura dos condomínios. Uma boa caminhada, foi seguida de uma saga em busca da ducha perdida. E descobrimos que ali não querem aventureiros que não tenham seu banheiro com vista para um mar. Assim, depois de muita risada, incluindo uma desesperada que pensou em tomar banho no pet shop, acabamos com um banho de gato na pia do banheiro feminino do shopping. Que, aliás, fora a bronca da disciplinaria do banheiro e a cara das adolescentes locais, foi um alívio.
Assistimos de graça ao show da Lucina Melo e exaustas fomos dormir. No carro, claro. Entoando "ú le vú cuchê avec moá ce soar" assim, bem aportuguesado mesmo.
O Jabu inclusive passou a ser chamado carinhosamente pela Jacque e pela Gisa de Todinho – "companheiro de aventura".
Às seis da manhã já estávamos mais uma vez na areia. Para deixá-la às duas da tarde, quando voltávamos pra casa, saudosas do chuveiro.
Uma viagem e tanto. O mote?
Desapega!

sexta-feira, janeiro 06, 2006

mantra

Escolhida a palavra pra entoar 2006: comunicação
Em 2005 descobri que à comunicação estão ligadas as coisas que melhor sei fazer e das quais mais gosto no trabalho. E, assim, como boa afeita à economia, nada como investir em vantagens comparativas.
Além disso, os amigos andam dando bons feedbacks a este respeito. (Obrigada, Makoto e Moisici, pela apreciação de minha argumentação e obrigada, Fernand,o pelo elogio à capacidade de síntese!)
Além disso, a comunicação é uma habilidade a ser trabalhada nas relações pessoais, afinal, nem todo mundo adivinha o que sentimos. (Ee ai, obrigada Luiz e Gi, pelas ultimas broncas, e a todos que puxaram minhas orelhas no orkut, começando suas mensagens por "ei sumida"!)
Como não poderia deixar de ser, este blog parece ter futuro, no que depender dos planos para 2006!

terça-feira, janeiro 03, 2006

Pra começar

Acho que não estou pronta para escrever sobre os últimos dias - coisas importantes requerem muita energia. Por isso, retomo e começo 2006 com coisas leves. Que são, afinal, a melhor minha porção.
Bons hábitos se mantêm e se adquirem. Assim, a primeira segunda do ano teve vitamina de abacate na padaria e deu início ao que parece ser uma boa fidelidade: fiquei amiga, se é que se pode dizer assim, do senhor Domingos. Ele é o dono da banca de que, ora em diante, pretendo ser freguesa. Há muitas outras mais próximas da minha casa, mas nenhuma com tanta simpatia de trás do balcão.
Entre o café da manhã e uma noite bem dormida, dei início ao ano mais romântica. Retomando uma prática antiga – a de escrever cartas à mão. E também, segundo disseram, ,mais menininha. Vestindo cor de rosa, com um tic tac no cabelo, com o pisar suave e o ar de inocência que quase convence a mim mesma. Não, brincadeira. É que não resisto a uma oportunidade..
Meu namorado – sim, eu assumo, tenho um, ou pelo menos tinha até dois dias atrás – dirá que eu já era assim. Mal sabe ele!
2006 promete.
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SitCom
Meu talento vai resistindo à prova do tempo e da idade. Talento renomado para vivenciar situações cômicas. Desta vez foi uma anedota, inspirada numa clássica cena de cinema: dividir o taxi com o mocinho.
Dia de chuva fina. Ponto de ônibus vazio. Véspera de ano novo. Toda de branco. Parou um taxi. Propuseram dividir. Eu, sem outra melhor opção, aceitei. Grande intróito para um filme de amor.
Mas não. Comigo? Não passa de uma comédia. Ele era mais mocinha que eu.
***
Gosto de me perder. Por que adoro me achar. É sempre assim...começa com "estou confusa", "não sei", acho que estou perdida"...para chegar ao "adoro esse jeito de ser". Gostei de me encontrar hoje mais uma vez. Eis porque, especialmente, me agradam primeiros encontros. É quando nos apresentamos. Quando deixamos aquela famosa primeira impressão. Hoje topei, pela primeira vez, com minha versão 2006. E ela pareceu interessante. E suscitou alguma curiosidade. O que é um bom começo para uma história.
***
Resoluta. Foi como dei início à execução dos planos para este ano. Funcionou, pelo menos no day one.
E, além disso, muitas programações. Preenchimento da agenda. Incluindo o tempinho pra passear. Serão, ao que parece, oito chances pra espairecer, do meu aniversário ao próximo reveillon. Tem carnaval, páscoa, dia do trabalho, corpus christi, férias em julho, finados, e fim de ano. E não falta lugar pra visitar, longe e perto. Entre os mais próximos, estão fortes na parada passear de jipe na praia branca em Bertioga, ir à Sirenas em Maresias, e conhecer a praias dos Castelhanos em Ilha Bela. Além de Petrópolis com seu museu imperial, que há tempos está sendo preterida. E em Sampa, para os fins de semana comuns, já tem uma lista, de pelo menos eight places pra curtir.
Oba! Não vai faltar o que fazer!