terça-feira, novembro 29, 2005

contratempo

Rua abaixo. Depois de ficar presa no elevador. Logo hoje que sai vestida de menininha. Saia justa e salto ana bela. Eu, com essa pressa e esses passinhos de gueixa...versão romântica.
Pro besteirol, com esse rabo de cavalo...quase trotando.
Cheguei. De mau humor. Rindo como sempre. E por isso com os olhos mais puxados.
Konnichwa.

mais um bom documentário

O dia que ia torto e insosso teve concerto*: Vinícius.
Um lindo documentário sem frescura. Depoimentos de alguns mitos que se aproximaram da Terra.
Chico, Caetano, e o simpático Ferreira Gullar. De quem, aliás, não há como discordar : a vida é uma invenção. Então melhor inventar de ficar pra cima.
Algumas das minhas favoritas estavam ali. Ah! O canto de Ossanha...
Eu já ia apaixonada quando fecharam com O Samba da Benção.
Nada melhor para dar nova vida a quem ainda está aprendendo que traste não é só um irmão atoa. Que gosta de escrever. Que não tem cachorro predileto ao engarrafado. Que se emociona fácil.

segunda-feira, novembro 28, 2005

pequena transposição

da aula de marketing para o dia a dia
produto?
pragmatismo
preço?
parsimônia
praça?
persistência
promoção?
paciência
!!!!
4 P's

Gandhi

"Felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o que você faz está em harmonia".

Atribuído por fonte não segura! Mas gostei, por isso vale a reprodução.

lição de domingo

Eu queria tudo ao sair da cama.
Foi quando os vi.
Meus sapatos cautelosamente dispostos pé ante pé.

quinta-feira, novembro 24, 2005

Portia

Há alguns dias fui ver Shakespeare no telão: o Mercador de Veneza.
Al Pacino como Shylock está mesmo excelente. Não peca por flata nem por excesso. Está na medida.
Os elfos do Senhor dos Anéis tornaram-se cicadãos de Veneza. Curioso. : )
Num deles está Portia. Uma personagem que redime a subserviência das mulheres na literatura moderna!
A tradução, como não poderia deixar de ser, é uma armadilha.
Mas merece ser vista a versão. Preferencialmente sem muito filosofar a cerca da tendência do autor. Cansa a beleza a discussão sobre o antisemitismo que ronda esta peça de divertimento.
Que diferença faz? Acaso ficará melhor ou pior a poesia? Mais ou menos engraçada ou trágica a caricatura do principal?
Vão se...

Divertir!

segunda-feira, novembro 21, 2005

família sem família

Um casamento. Tradicional acredito. Rococó.
Um aniversário de 2 anos. De 6. Comprar presente é difícil, mas gostaram – soube depois.
Eu, versão black power. Só vendo.
Sono.
Ibirapuera. Duas novas para a coleção de fotos.
Mundo pequeno: o amigo do amigo é irmão do amigo.
Uma retribuição – ainda não sei o que achou.
Manderlay. Voyce & exit para a liberdade. Só uma combinação dos dois.
Julgar a opção dos outros.
No primeiro, Lars chamou Grace esnobe.
E ele, não é?
Redimindo-me na madrugada, dou o braço a torcer. Um valor para mim, um pra você.
Mas sem julgamento.

***
o melhor do filem: a interpretação da lei.
ela é necessárai. Pois que não há certo e errado. Apenas legal. Ou não.
e à interpretação, coube a primazia do estômago.

sem embrulho

Presente caro
Seu tempo.
Sua vida. Presente raro.
O momento.

sexta-feira, novembro 18, 2005

vespertina

Fértil.
Era só achar a ponta do novelo.
Só jogar ao gato.
Nada de asas.
Garras para a criatividade.

pilulíticas

Uma página sóbria
Nem uma palavra esdrúxula
Nada que explicasse aquela régua preta
Perene
Medida sem medida aquelas linhas.
Página em branco.
***
A boca entreaberta não era sedução.
Estava seca.
Sorvia a umidade do ar
Degustava com a palma da língua
A vida.
***
Tinha as mãos de alabastro encarnadas.
O roçar da labuta as deixara insensíveis.
Mas doía aos olhos.
Vedou-se. Pusilânime que era
Aos olhos dos outros.

segunda-feira, novembro 14, 2005

leseira

Fim de semana curto esse que passou pra quem não pode emendar feriado.
Home sweet home. Tão sweet que passei todas as horas possíveis lá dentro. Da rodoviária pra casa no sábado, de casa pra rodo no domingo. Passei aproveitando o calor de um abraço, o carinho de um beijo, a consideração de uma pergunta, a dedicação de uma comida, o apreço de uma palavra, e a alergia ao veneno pra pulga do gato também. Desconfio que sou uma pulga.
Videoteca: Kill Bill 1 e 2. Nada como companhia. Não sou mais uma ET. Chamas da Vingança, pela segunda vez. Insisto que este nome não faz jus à obra. Amigo oculto. Angústia por duas horas. Não sei pra que tanto sofrimento. Detesto esse tipo de filme que deixa a gente sofrendo. Acabei com a almofadinha...mas era ela ou os meus dedos.
Família é muito bom mesmo. Especialmente quando é maluca. Deixa a gente confortável, se sentindo em casa de verdade!
Agora, vem a lista de filmes para o feriado e para os próximos dias: Vinícius, Marcas da Violência, O Mercador de Veneza, Manderlay.
Tenho que fazer um trabalho e estudar para uma prova. E progredir algumas páginas n’alguns projetos não seria de todo mal. Mas tô numa leseira...
Tão falando em boliche...
Só se eu puder ir pra ficar rindo.
Pode?

sexta-feira, novembro 11, 2005

DIGNO DE NOTA

A NASA inventou um guincho de asteróide.
ok, than...

sexta pré

Estréia de Manderlay.
Preparação: assisti ontem mais uma vez ao Dogville.
Illustration. Aceitação. Arrogância.
Pronta pra outra.
***
Andei tendo aulas de direito romano. Sobre o matrimônio: uso capião – dois anos com a mulher garantem a propriedade; três dias de fuga garantem a liberdade.
***
Explicitem as premissas!

terça-feira, novembro 08, 2005

besteirologista esfusiante

No dia a dia. Na história. Na vida.
Sem mas. Sem se. Sem mais.
As coisas são mais fáceis do que parecem. As pessoas sofrem por antecipação. Por medo. De nada e de tudo.
Você já conhecia? Como achou o lugar?
Procurando, ora.
Embora possa parecer, esta não é uma resposta irônica.
Sem amarras imaginárias.
O pensamento é livre. Parêntesis: e anônimo (mas isso já é papo pra outra conversa).
Descobri que sou e quero ser criança e palhaço.
(O clown não tem sexo, tem?)
Descobri assistindo ao documentário dos Doutores da Alegria. O que era uma tarefa passou a ser um deleite na sala de cinema.
Spinoza, Confúcio e o riso e o olhar...o olhar que transforma. A identificação traz uma alegria que se traduz no "alegria é uma comunicação bem estabelecida".
Os símbolos. A máscara. Sábia aquela pequena que esconde o nariz pra desvendar a pessoa. Chego a pensar que quem me conhece de perto enxerga meu nariz pintado de vermelho. Até do outro lado da linha do telefone. Esse é o código pra me deixarem chegar perto e ganhar um sorriso. E quando levo um sorriso, deixo mais.
Quero ser palhaço. Viver 100%. Ligada e focada. Com coragem pra explorar o ridículo. Que ridículo?
As sutilezas...como me apaixono por sutilezas...
E o batente da porta. Uma moldura. Uma saída. Uma entrada. Acabei por lembrar do Wim Wenders no Janela da Alma.
E de Nietzsche e do demasiado humano.
Nade de condicionalidades. Nade de ser preso à lógica. Sem padrão.
Lembrei de olhar a espuma e entregar-me à gargalhada

segunda-feira, novembro 07, 2005

Sem propósito?

No consultório psiquiátrico.
- Doutor, tive uma crise de depressão terrível. Preciso de ajuda. Mas não quero remédio não.
- Senhor, veja bem. (jargão médico meaning) Não creio que tenha chegado a ser uma crise de depressão. Há muitos graus diferentes e pela descrição que o senhor fez (não preciso de remédio) provavelmente trata-se de uma tristeza profunda.
- A sim, mas ...como é que você sabe o grau da minha tristeza?
- Bem, eh...(mais termos médicos).
- Ok, então. (Com o cartão de retorno). Até logo.

Em casa.
- Como foi o trabalho hoje querido?
- Ah. Apareceu um loco lá querendo dar trabalho...

***

Adoro quando descubro ou percebo o óbvio.
Não levo jeito pro romance.
Dou mais para o teatro.

Duas palavras:
Anfitriã e deplorável.
Pra resumir.

Sexta-feira de chuva. Desisti de acompanhar uma magnífica cerimônia de autenticação: o casamento de uma conhecida de um amigo. Mas era muito trânsito. Ou melhor. Não havia trânsito nenhum, estava tudo parado mesmo. Trocamos então o sagrado matrimônio por uma boa conversa entre emigrantes uberabenses: Lu, Gi, Sr. Herlei e eu.
Mais tarde entregamo-nos aos vícios. Lugar escuro, cheio de fumaça, álcool e pessoas seminuas no balcão. Todos pasmos com a noivinha em despedida de solteira que ganhou morango na boca e tomou uma tequila um tantinho exótica. E a conclusão: os meninos realmente gostam da Fê, porque, ô lugarzinho pra comemorar aniversário...
Mas eu me diverti. Nada como um incentivo...a gente vai parar em cada lugar. Em cima de cada lugar...

A tênue linha que separa a sexta do sábado esquecemos de reparar e quando dei por mim eram 6:30h da manhã e daí a uma hora eu me levantava para rumar pra aula em que fazendo exercícios eu descobri que pra sorte de todo mundo pelo menos do Brasil eu não sou do COPOM e aula por sua vez que acompanhei nesse mesmo ritmo frenético monótono sem pontuação com que escrevo este parágrafo curto mas interminável. Valha-me deus, como é difícil enxergar.
De volta ao lar, e sem saber o meu papel direito, assisti a Gi e a Lu fazendo uma comidinha cujo cheiro nunca mais vai sair dos azulejos da minha cozinha em dias de bom humor e de saudade. Aquela cozinha nunca tinha sentido aquele cheiro, pelo menos nos últimos 8 meses. E elas se preocuparam com tudo. Com o que eu gosto de comer, com o intolerância aos ossos e ao gás na bebida pra acompanhar. Comi como nunca aquela comidinha com sabor de casa e com tempero de amizade. Dizem elas que é muito bom cozinhar pra mim. Mas era eu a anfitriã, certo?
Certo. E fiquei feliz em saber que sou boa em receber as pessoas porque as deixo a vontade, sentindo-se em casa. E que as faço rir. E que rio muito. Se é bom cozinhar pra mim, melhor, segundo a Lu é me contar piada.
Dormi. Simples assim. E acordei no domingo querendo levar a Gi pra ver alguma coisa de São Paulo além do meu quarto e de um antro de perdição.
Fomos ao Itau cultural para ver a exposição Homo Ludens. Como é bom aventar a criatividade!! Entre o faz de conta, as travessuras e a ilusão, ficamos com as travessuras.
Bons amigos são melhor que memória pra lembrar a nossa história. A Lu lembra de mim como uma rocha, alguém que agüenta tudo sozinho, sem pedir ajuda. E como quem escreve difícil. E quem , no sonho de outra pessoa apareceu como um ipê roxo. ?. Não mudei tanto quanto eu pensava. A Gi lembra de muita coisa.
Papos sobre ética no trabalho e tratamentos fisioterápicos também levarma o dia.
Muita gente em casa, bolo e velinhas. Pouco sono. Ah, só pra ficar claro, deplorável é o meu estado sonâmbulo.
E dia de labuta.

sexta-feira, novembro 04, 2005

Receita de bolo

Misture a farinha, o chocolate em pó, o leite.
Bata até ter uma massa consistente. Acrescente o açúcar, a pimenta e o fermento.
Leve ao forno.

Diz a Gi que assim que eu conto história...

quinta-feira, novembro 03, 2005

Capa azul

Fora de casa
Você fuma?
Não.
Nem cigarro nem nada?
Não.
Eu só gosto dos ilícitos...se importa?
Fica a vontade.
***
Índio
Não convém ser inconveniente.
***
Lição antiga
A diferença entre "querer fazer" e "fazer" é que no segundo há muito mais querer.
***
Não sei o que os médicos dizem pois só me ocorreu procurá-lo agora, mas digo que uma boa risada oxigena o cérebro.
- Porque você está rindo?
Porque você está respirando?
O riso é mais uma função vital!
Ainda não fui, mas dessa semana não passa. Vou ver "Doutores da Alegria".
***
Finados
Vermelho e branco.
Preparação: meu fiel escudeiro, casaco vermelho. Duas vezes um red label e um red bull. Energia até pro dia seguinte. E dança e pega sereno e dança e faz amizades na van e dança e faz amizades na fila.
Divertido. Simples assim.
A quarta foi branca. O cérebro tava em branco. O céu estava branco.
Assisti a "O piano". Fiquei em choque por alguns minutos.
Assisti a "O fabuloso destino de Amelie Poulan. Pra recuperar. E me lembrei da Caju...
***
Personalidade
"Você é uma criança crescida, Pelagagi".
"Mas você está saidinha, hein, minha neta?!"
"- Veja o lado positivo. A Déa tá vendo...
- A déa não tá vendo...Ela é o lado positivo".
Não é preciso fazer teste de personalidade pra saber como te vêem. Basta usar os ouvidos.
E, a terceira opinião me fez ganhar o dia. Bonitinho, Jack!

terça-feira, novembro 01, 2005

mais um pouquinho de mim

Distraída
Pagando o CD...é débito.
Não lembro minha senha...pera aí...
São três numerais que se repetem numa senha de seis dígitos. Não pode ser tão difícil. Pera só mais um poquinho...
Não lembro...vou ao caixa eletrônico. Lá vejo os botões e lembrarei. Memória visual!
Voltei com o dinheiro.
Na bilheteria do cinema
Duas meias, por favor.
Carteirinhas...
Seu documento de identificação com foto...
Só um minuto.
Não encontro. Vim sem carteira de motorisata. E sem documento do carro!!
Se eu mostrar que todos os meus documentos sem foto tem o meu nome ajuda?
Mostra só um. Um cartão qualquer.
Lá vai aquele...do qual não sei a senha.
No Center Norte
Incrível! Chegamos como se soubéssemos o caminho.
Baked Potato.
Mas Déa, cê come bacon?
Não.
Então por que pediu essa?
Não sei! Mas tá gostoso...
No estacionamento...
Cadê o carro?
Acho que era na outra saída.
Três saídas depois...
Tá ali, o quinto da fila!


Apaixonada
Por uma música, por um livro, por uma história, pelo all star azul mais velho no guarda-roupas e meu jeans e o casaco vermelho.
No metrô.
Nunca fui abordada com uma flauta antes. Muito menos no metrô.
- Precisamos ser criativos nas investidas!

Eu já existo.
Escrevi uma crônicas: Montanha Russa.
Na livraria: Martha Medeiros – Montanha Russa. E a cada págiana eu ali.
Dá próxima vez que alguém disser que quer me conhecer vou indicar o livro.
O que penso do tempo, o que digo dos ombros, até meu "muito fiz isso". O que já escrevi do saber, da liberdade, de ser leve de deixar rolar e de responsabilidade, de ser realista. O que vejo do simples, o medo maior de perder a visão, dos cachorros, da convicção, dos impulsos.
Um único anacronismo: as sopas e os chás.
Quer saber de mim? Eu já aconteci.
Assombroso.