quinta-feira, julho 28, 2005

insônia

Pela primeira vez na vida enfrentei essa visita notívaga. Mas usei as lições de judô dos amigos: se não pode vencer, junte-se, se não tem força, desvie. Resolvi, no lugar de ficar rolando na cama, ler. E foi uma leitura e tanto. No fim, a madrugada até que foi produtiva. Cheguei ao trabalho com um novo projeto que já foi aprovado!
Achei que ia ter um colapso. Pensamentos desconexos e insessantes. De marketing vocal e atalhos cognitivos, heurísticas e professia autorealizável a negociação, teto, mínimo e eleitor mediano.Como tem tduo a ver, Will Eisner, quadrinhos, Fernando Sabino e a receptividade londrina à brasilidade. Lembrei até do criança esperança, da propaganda sobre a leitrua, com a Breuna Marquesine (acho que é esse o nome da menina), e da ligação da Itapemerim, viação parceira do programa, com o pedro Malta.
O cérebro totalmente tem movimentos involuntários!}Pulsa quinem o coração. Redescobri essa noite.
Ai ai. Até que nem to com sono...

segunda-feira, julho 25, 2005

Em boa companhia

O final de semana foi desacelerado.
Sexta a noite ouvi música e ponto. Sábado levantei cedo. Andei andei andei nas vizinhanças. Comi torta de banana. Depois fui ao shopping buscar minhas roupitchas novas. E por fim curti uma preguiça em casa. Chamaram pra sair, não pensei duas vezes. Dadas as intenções do rapaz creio que esperava algo mais romântico que o Anima Mundi, mas eu me diverti muito. Dei nota pros curtas da mostra competitiva: Vita ex musica, 5; Badgered, 5; Elle,2; À Traver Mês Grosses Lunettes, 3; Cirkus, 2; Herr Würfel, 4; Gopher Broke, 5. Ah, notas de 1 a 5. Herr Würfel, por sinal, era a minha cara – o senhor que adora decisões!
Domingo levantei tarde. Enrolei até criar coragem e fui almoçar. Um almocinho muito chique – caldinho no pão italiano. No pão mesmo, bonitinho. E torradinhas de pão com gergilim, um charme. Daí andei até o Sesi, crente que ia ver a CIA Quasar. Frustração. Cheguei lá os ingressos estavam esgotados. Mas também, só faltava eu querer que Sampa desacelerasse comigo. O negócio me afetou. Juntou com a falta de comida até altas horas e a caminhada puxada, fiquei tontinha. Tava gelada que nem um esquimó. E fui pela rua delirando rumo de casa. Me arrastei segurando pela alça da bolsa e com uma vontade enorme de ligar pro Jabu me buscar. Tenho a nítida impressão de que as esquinas estavam desertas pois não me lembro de olhar pra atravessar em nenhuma delas. Lá ia eu, com bolsa, guarda-chuva e livro na mão. Pelo menos garoou, e eu não me senti uma árvore ambulante atoa com aquele guarda-chuva a tira colo. O pior é que nem delirando saía da cabeça a música que acordou comigo, como num disco furado eu cantarolava – no peito dos desafinados também bate um coração... Cheguei em casa sabe lá como e me atirei no sofá, pela primeira vez não andei até meu quarto. E lá recuperei as forças. Não é do meu feitio me render a uma frustração e deixar o domingo acabar em pizza. Por isso, levantei, tomei fôlego e fui deixar de ser mentirosa. No sábado disse que já tinha ido ao shopping Santa Cruz, sendo que não o fizera. Não faço a menor idéia de porque a boca disse aquilo. Portanto, como não gosto de mentira, fui ao Shopping. Assim deixo de ser mentirosa pra ser, no máximo, um cadim atrasada. Lá comi um sorvete, comprei ingresso pro cinema duas horas depois e fiquei lendo na praça de alimentação. Uma verdadeira estrangeira. Rindo sozinha do livro, curtindo observar o murmurinho e toda aquela voz sem dono, e todos os tipos que passavam. Cansada de ficar sozinha e, incrivelmente, sem falar com ninguém – não sei o que me deu ontem - atirei-me ao filme “Em boa companhia”. Acho que todos os filmes agora são com a Scarllet Johanson. Desde Encontros e desencontros, é tudo com ela: Moça do brinco de pérola, a Falsária, e vem vindo A Ilha. Na trilha sonora tinha o mocinho da trilha de Closer. Lembrei da Tess. Aliás, no cinema, me senti por duas horas em Brasília, afinal Cinemark é a cara do Pier 21, né?!
Depois do filme lembrei que estava sozinha em São Paulo de novo e fui pra casa, pela primeira vez com medo de andar nesta. A proposito, outro dia eu falava da beleza urbana...e não posso deixar de mencionar o metrô, vindo lá como uma luz no fim do túnel. Descobri que a estação perto de casa se lava no domingo. Tava cheirosa que só. Depois de tanta aventura, dormi, e acordei com o temporal. A chuva que estava, como eu, desacelerada, suspensa no céu, resolveu pôr a vida em dia e caiu com força. Por isso, o dia amanheceu frio e eu pude inaugurar meu casaquinho de aeromoça. Vermelho, pra começar a segunda quente.

sexta-feira, julho 22, 2005

baleianês

Até ontem era uma ET. Eu. Não tinha assistido ainda a Procurando Nemo. Resolvi o problema e ri muito com a Dory, falando baleianês. Agora pra voltar a órbita terrestre falta só Kill Bill, Monstros SA, Era do Gelo, Guerra nas Estrelas último episódio, Batman Begins...É, tá difícil arrumar força pra ser normal.O negócio é seguir cada um com sua língua...

quinta-feira, julho 21, 2005

nas paradas...

Zélia Duncan!

Vi, não vivi
(Itamar Assumpção)

Primeira vez que eu te vi
Meu coração não fez clique
Se ouvi ou vi, não vivi
Seu clique, seu trique-trique
Não vi sushi, sashimi
Nem Eros, nem Afrodite
Primeira vez que eu te vi
Primeiro vi seus limites

Vi, não vivi
Não senti onda por ti, não senti
Nem o menor apetite
Não senti o tremelique
Senti
Não me entenda por ti
Não vivi
Não senti frenesi
Nem o menor apetite
Não senti tremelique
Senti

Não vi nenhum colibri
Não vi sua "bad trip"
Sino batendo, não ouvi
Nem vi se havia convite
Sol, Búzios, nós dois ali
Com ares de casal 20
Nem com os olhos comi
Nem "veni", nem "vidi" nem "vinci"

Vi, não vivi
Não senti onda por ti, não senti
Nem o menor apetite
Não senti o tremelique
Senti
Não me entenda por ti
Não vivi
Não senti frenesi
Nem o menor apetite
Não senti tremelique
Senti

Primeira vez que eu te vi
Contive os meus palpites
Falei de Rilke, Leminski
Assim que vi seus grafites

Vi, não vivi
Não senti onda por ti, não senti
Nem o menor apetite
Não senti o tremelique
Senti
Não me entenda por ti
Não vivi
Não senti frenesi
Nem o menor apetite
Não senti tremelique
Senti

mais sentidos

Tenho treinado os sentidos para perceber a beleza antibucólica e a sinfonia citadina. A primeira está na nave das catedrais, no Obelisco visto ao longe do viaduto por um estreito de luzes do tráfego, em muitos outros lugares onde o olhar há de chegar ainda, em muitas cores que talvez sendo menos cega ou daltônica eu possa ver. A segunda está na hélice, no motor, na sirene, no vento, nas milhares de estações de rádio que soam juntas. Hei de encontrar muitas belezas ainda, umas comoventes outras redentoras.
Outros olhos, mais ouvidos, menos estômago.

quarta-feira, julho 20, 2005

Saudosa Maloca

Dindin donde nós passemo dias feliz de nossas vidas...
A saudade tá apertando, o que quer dizer que preciso voltar a BSB.

***
Sonhos e Pragmatísmo combinam sim, sabe. É só uma questão de ordem. Primeiro a gente escolhe pra onde ir e depois dá um passo de cada vez.
É só andar na rua pra saber como funciona. O que não pode é ficar de olho no horizonte e pisar na casca de banana ou na caca de cachorro. Nem ficar de olho no chão e dar de cara com o poste.

segunda-feira, julho 18, 2005

NO ASPRO

NO ASPRO


Queria a palavra sem alamares, sem
chatilenas, sem suspensórios, sem
talabartes, sem paramentos, sem diademas,
sem ademanes, sem colarinho.
Eu queria a palavra limpa de solene.
Limpa de soberba, limpa de melenas.
Eu queria ficar mais porcaria nas palavras.
Eu não queria colher nenhum pendão com elas.
Queria ser apenas relativo de águas.
Queria ser admirado pelos pássaros.
Eu queria sempre a palavra no áspero dela.

MANOEL DE BARROS

príncipe encantado

encontrar alguém que me amasse seria ótimo
mas incrível mesmo seria
encontrar alguém que me entendesse!

O final de semana foi deliciosamente exaustivo e passou como gostaria Manoel de Barros rachando o vento. Sexta a noite chegou a Sampa minha mãe e o Paulo. Fomos todos, Mãe, Paulo, Tio, Ieda e eu, à Speranza, pizzaria tradicionalíssima da cidade. Matei as saudades da batida de coco. Deveríamos botar o papo em dia, mas como recorrentemente ocorre (heheh) nestas ocasiões preferimos falar sobre o nada e simplesmente estar.Fomos até tarde da noite estando.
No sábado rolou um café da manhã típico, de padaria, e um rolê pela 25 de março. Onde , por sinal, eu não preciso voltar nesta vida. De lá, fomos à Fnac, encontrar o Me e o TiH, e meu escudeiro fiel ora em diante: o guia quatro rodas de São Paulo!
Juntos então, todos apertadinhos no Jabu, fomos todos almoçar aquela massa, tomando aquele vinho, pra preparar praquela sobremesa. ai ai... Família que como unida permanece unida!
O sábado acabou de preguiça. Domingo começou a maratona toda de novo. Café da manhã, rumo ao Festival Japonês. Quanta gente! E o mais lindo de tudo: o bonsai de 75 anos. De lá pra casa e um desvio no caminho. Shopping Ibirapuera. Minha mãe resolveu me vestir de gente pra trabalhar no frio. Ufa. Home sweet home. Sopinha alto nível. E eu tô quase fazendo um curso de vinhos. Já quase dou pra enólogo.
Tanino redondo, aromas complexos...especiarias, frutas vermelhas...lágrimas pra saber o teor alcoolico! Ahah é quinem qualquer bêbado: quanto mais lágriam, maias álcool. E grapa, ou bagaceira, e lá vou eu...
Mais tarde um cadim, chega o Park, coreano simpático que importa Led.
E dai só pra despedida que hoje eu trabalho, e todos eles outros se vão de férias.

quinta-feira, julho 14, 2005

Focas e corredores

Domando a foca 1 -
Diga a ela: a regra é pular três vezes seguidas na frente do pública todo dias às 14h.

Domando a foca 2 -
todos os dias, às 14h, na frente do público, estenda o braço com um peixe na borda da piscina, três vezes seguidas.

Moral da história: regra é algo totalmente desnecessário quando os incentivos funcionam.

***
Corrida: se você diz que espera que os corredores corram de frente mas premia aqueles que correm de costas...
1. você é burro
2. você é mentiroso
Qualquer um dos dois é abominável.

***
Regra quando é burra é burlada. E, se todo mundo burla e não passa nada, é palhaçada.
Gente esperta quebra as regras. Gente estúpida obedece a regra. Gente que gosta de trabalhar tenta mudar a regra.

quarta-feira, julho 13, 2005

voando again

Ontem se foi um dia feliz.
Hoje tem aniversário do tio querido e por isso ontem não cansei de pensar o que eu poderia dar de presente. Pensei nos vinhos que tanto ama, mas nem os livros sobre eles seriam alguma novidade. Pensei na viagem chata que vai fazer de férias, mas até as havainas ele já providenciara. Pensei numa tabacaria, mas ambos temos preconceito contra o que lembra fumaça. Assim, fui ao único lugar onde tenho alguma prática em comprar: a livraria.
Depois de muito fuçar, encontrei. No domingo passado, quando comprei meu Sabino e ele seu guia da folha, lembro dele se divertindo com Bandeira, um de seus favoritos, i guess, e me dizendo pra levar Guimarães Rosa. Entao...
Sai da livraria ontem com dois Manoel de Barros - autor xará do primeiro e comparado ao segundo, só que na poesia.
Sim, dois. "Livro da Ignorãça" e "Pinturas Rupestres". Um pra ele e um pra mim, que todo mundo sabe que eu não resisto!Ai, chegando em casa, tive de deixar o Sabino "De Cabeça pra Baixo" e aventurar-me com Manoel. - Afinal, quem resiste a uma novidade na cama!?
É claro que não poderia omitir aqui o mico total: achei que o homem era mineiro, quando era pantaneiro. Um vexame!Mas ao menos levou a uma boa descoberta!

A noite de sono foi como não era há muito: voei. Sobre multidão, sobre portões. Ora Uberaba, ora Brasíla. Acordei bem! Fazia tempo que não voava sem avião ou paraglider!

Mais uma coisinha deu-se: no trabalho, mais especificamente no RH, lembraram deu por algo que muito m'alegra: vou ganhar convites para ir ao teatro!!!

Que hoje se vá feliz assim!

segunda-feira, julho 11, 2005

Notícias

No trabalho: boas novas. O treinamento que me consumiu quinta e sexta foi um sucesso!
No Brasil, nem tanto. Referendum, sei. Contra venda de armas. Adianta proibir? Vamos financiar o tráfico agora? Mas ao menos quem estiver com um trabuco na mão já estará errado. Pode ser que ajude a dimuinuir...sim ou não, eis a qustão.
Quanto a corrupção, sem comentários. Aliás, um merece ser feito: na cueca??? Haja espaço!
No mundo: ingleses são mesmo superiores! Reação aos atentados: fazer tudo voltasr à normalidade o quanto antes. E, realmente, ainda temos muito que desenvolver nosso senso de oportunidade, não? Ou só eu vejo alguma possibilidade perdida naquela tímida presença no G8?
Na família: que inveja!!! viagem de férias. Roteiro: Atenas, Ilhas Gregas, Istambul e Paris. Chato mesmo...um dia chego lá!
Na cama: Thomas Mann é muito bom!! Acabei de ler "Sua Alteza Real". E como não podia ficar sem companhia, arrumei um mineiro: Sabino, com histórias de viagens.
No fim de semana só rolou portugesada. Sábado, muitas andanças até parar no São Francisco. Comerzinho português: caldo verde com muito azeite, sardinha na brasa e arroz de polvo. Gostoso, gostoso. No domingo, É CAMPEÃ!!!! Volei masculino, seleção mais uma vez campeã da Liga. Eu já disse e repito: tamo mais pra país do voleibol. E o Bernardinho é o cara. Pra indignação total: nem um só foguinho. Mas na casa do tio rolou aquele jantar. Com convidados vindos diretamente da terrinha de lá do Atlântico. Tudo de bom.
Portanto as notícias se resumem assim: em bom portugues,o final de semana foi de funções vitas: trabalho, comida e cama.

segunda-feira, julho 04, 2005

dando as caras

Sai, na sexta, do trabalho doente. A gripe não é novidade, mas o que me deixa doente mesmo são certas coisas que acontecem. Pra não emaluquecer de vez, o final de semana foi de relax. Passeios cults: Museu do Ipiranga e Instituto Tomie Ohtake - pra pular do século 18 para as obras de Jesús Soto. Com direito a mc donald´s no meio. A noite, um cineminha básico: como aquecer seu casamento, ou, Sr. e Sra. Smith. Fala sério, o que é aquela mulher? Até o Brad fica apagadinho...
O domingo foi de despedida, enviei a Tess pra Curitiba, pra ver se ele pega um frio de verdade e gasta seu casaco de um bicho fofo que eu não lembro qual, já que aqui o clima esquentou.
E depois foi só arrumar o quarto e me preparar emnocionalmente pra um mês que promete ser Julho.