terça-feira, maio 31, 2005

Mais filme

Isto não é uma exegese, mas não se pode passar em brancas nuvens por Dias de Nietzsche em Turim.
O filme dá tempo para interpretação. Não todo o tempo do mundo, pois seria preciso uma eternidade entre uma cena e a seguinte que compreendesse a genialidade.
Um diário de bordo com muitas entrelinhas.

pra entender

Vejo fatos. Não problemas.
Não procuro o porque. Quero saber pra que serve. E agora?
Leio o mundo na voz ativa. Não sou o centro do universo. Nunca fui abandonada, simplesmente algumas pessoas vão.
Simplicidade e perspectiva dinâmica. Pra entender o mundo.
A felicidade está não na euforia, mas na tranquilidade!

lição de bar

Lição de quem manja:

Vender não é mais uma arte, é estatística: 1 negócio fechado para 10 clientes visitados.

Acho que de certa forma foi um alívio saber disso!

lançando idéias

Não tá dando tempo de escrever...de explicar. Então, só pra não ficar pra lá de desatualizado, lanço algumas idéias.

O feriado foi de preguiça, em Uberaba com grandes amigos reunidos. O que eu nunca pensei que pudesse acontecer - Gisele, Ana, Fernanda e Klug, juntos. Valeu! Passamos na cachaçaria. A cidade estava morta na quinta.
O resto do feriado foi curtindo a família e, como boa cinéfila, todo tipo de filme: um bobo alegre - A família da noiva - um cult pesado - o Cubo - um romance água com açúcar não tão convencional - Dança comigo. Ah! Ganhei a trilha sonora de The O.C.

Voltei para encarar um mês louco. No caminho muitas avanturas. O álcool no cheiro na estrada, os mocinhos de sancacity.

Ontem fomos ao Barnaldo comemoar o niver da Keila. Pra começar a segunda com tudo.

E os pensametos profundos vão ficar pra depois porque tá muito cedo.

terça-feira, maio 24, 2005

Segundo Tempo

E a inauguração do ap teve segundo tempo.
Galera da nova turma de trainees em casa ontem...muitos sotaques: gaúcho, curitibano, paulistano e mineiro, claro!Ceva e caipirinha, em plena segunda. Música de praia e forró.
heheh Pelo menos pra isso serve uma sala grande sem móveis!
Agora é só esperar mais 24 horar e pé na estrada pra ver o povo de Beraba.
Tô cansadinha, cansadinha. Vô drumi quinem uma pedra!
Oyasuminasai.

segunda-feira, maio 23, 2005

overdoses

Foi um final de semana de excessos.
Começou na sexta: excesso de empolgação. Às 2:30h errávamos em busca do bar na Vila, onde ficaríamos até às 5:00h. Bebemos bastante e fizemos muita atrapalhada nas ruas de Sampa.
No sábado cedo foi preciso uma dose extra de vontade para sair da cama e manter a assiduidade às aulas de japs. Consegui!
Depois da aula, veio o cúmulo da impulsividade, o que à propósito está se tornando recorrente: fui devolver um filme e sai da locadora com outros três. Todos muito bons .
- Oito mulheres e meia: excentricidade, simbolismo, surrealismo e um olhar clínico. Falando em olhar...
- Janelas da alma. Uma delicada reflexão. E a descoberta do Win Wenders. De quem, aliás, era o terceiro filme, básico:
- Buena Vista Social Club.

Os excessos não pararam por ai. Seguiu-se a noite. Inauguração do ap. E ai foi overdose alcóolica! Inauguração em alto estilo...sem entrar nos pormenores, hehe, vamos ver as fotos, logo logo...

Pra manter o ritmo, então, no domingo rolou “A Herança dos Czares”, exposição fantástica, com gente demais. Depois, mais uma dose de companheirismo, fomos todo comer no Dona Flor, onde pude presenciar a gula alheia! Como esses meninos comem. Oh Dog! Backward.

Fechei tudo com excesso de sono! E cá estou, segunda- feira. Overdose de café e de expectativa pelo feriado.

sexta-feira, maio 20, 2005

Ontem à noite

Minha Vida Sem Mim.
A voz da protagosnista toca. Filme Singelo. Emocionante.
Sintia cócegas de água e sal.
Fui dormir com os olhos inchados sorrindo.

Ditado Popular

Quem tem boca vai à Roma - só que pelo caminho mais longo.

Indo eu estrada a fora - Regis Bittencourt, carinhosamente chamada: Rodovia da Morte - rumo a Embu-Guaçu, esperando as placas que indicariam a entrada...e nada de placa.
Buraco, curva perigosa, caminhão aloprado.Mal humor estágio 1.

Eu, entrando no retorno, pra passar por Itapecerica, ainda a caminho de Embu-Guaçu. Desvio, cachorro, batida. Mal humor estágio 2.

Eu, Bem Vinda a Embu-Guaçu. E nada de cidade. Mato. Posto. Informação errada. Mal humor estágio 3.

Visita. Alívio por algusns instantes. Almoço agradável.

Eu, voltando para São Paulo. Vontade de ir ao banheiro. Sol na cara. Multa. Mal humor no limite.

Eu, indo pra casa encerrar esse dia do cão. De preferência com algum álcool. Preparar a inauguração do ap amanhã e sonhar com os anjos. Não da Capela Cistina, mas de Hollywood, espero.

Pelo menos pra casa eu sei o caminho.Mais curto.

quinta-feira, maio 19, 2005

Sushi

Já que a moda por aqui é usar metáforas degustativas... que dia! Só pepino e abacaxi.
Vou relaxar, esquecer tudo e rumar pra minha aulinha de japonês. Aliás, lá regredi ainda mais. De Andréa, 7 anos, pra Andréa, 5. Sendo alfabetizada.
O método, como o próprio idioma é mnemônico e, assim sendo, eu me divirto com as associações livres que faz minha mente.
As pesoas se surpreenderiam com os descaminhos da minha bobiça!
Bom, vou-me embora para Pasárgada.
Ops, não, empolguei.
Vou-me embora. Volto amanhã.
Beios a quem tiver lido esse suspiro de encerramento do dia.

quarta-feira, maio 18, 2005

questão de ordem

Tenho um protesto a fazer. Desta vez, rebelo-me contra os prefácios.
Por que é que eles existem? São reducionistas procurando enquadrar a obra em alguma escola, em algum movimento. Avaliam, classificam. Fazer isso com uma obra de ficção é um sacrilégio.
Deviam ser substituídos por uma página em branco. Em que houvesse apenas uma nota explicativa: espaço reservado para o leitor. Por uma página reservada para notas.
Num livro meu assim seria.
Haveria muitas vantagens. Economia de folhas, e portanto, economia na publicação. Livros tem que ser baratos e acessíveis!
Economia de esforços em vão. Não gastaria páginas e páginas tentando escrever o que nunca poderia fazer satisfatoriamente, ou a contento.
E ainda pouparia os amigos do constrangimento de ter seus nomes ali no meio daquela ladainha de que foram a inspiração, o apoio e que não se devem a eles os defeitos. Blá. Isso é igual a cumplicidade criminal. Apoiou? Aprovou? Então tem parte com o demo. Digo, com o defeito.
O prefácio engessa a interpretação.
Eu aceito melhor os posfácios. Ao menos são uma opinião com que dialogar. Depois de ter lido a obra e ter um achar próprio.
Defendo o direito de achar o que eu quiser do que vou ler. Liberdade de interpretação.

E não dá pra ler pulando um monte de páginas. Parece peraltice, como se colasse na prova do colégio.
Então é isso. Uma questão de ordem.
Será que podem tirar o carro da frente dos bois?

Embalada para viagem

Na mala: dois livros: Reformas no Brasil e Otelo. Um marcador, do Kumon. Queijo. Roupas – pretas, brancas, pastel e jeans. Um cachecol colorido. Um sapato – preto, de salto alto. Celular. Remédio. Maquiagem básica – rímel, lápis, gloss, corretivo. 2 Disquetes. 2 Cd’s.
Com umas fotografias, era eu!

viagem

A viagem é no início uma fuga. Delineia-se um trajeto de descoberta e liberdade. Intensidade.
Então chega a hora em que a viagem é construção. Constroi-se um mundo particular novo, maior. Constância.
Este é para durar algum tempo. Não sei o que vem depois!

terça-feira, maio 17, 2005

hálito bom

Eu não posso. Não consigo. Não aguento, como diria meu priminho. E não quero!
Há vocábulos que, por mais merecidos que sejam em determinadas ocasiões, não consigo dizer. E não adianta, por que se pudesse fazê-lo não seria eu. Entende?
Já fizeram pressão, tortura (lembra, amigo, na estrada?)
Mas é isso: há impropérios que não ouso dizer. Ferem minha personalidade.
Outro dia deixei um, sob disfarce, no blog de uma amiga. Escrevi, então, sob singelo pseudonimo desconhecido, que ingenuamente revelei no comentário seguinte. Um pouco lerdeza, um pouco meu eu consciencioso.
Mas, quer saber de uma coisa? Não devo explicações. (Agora caberia um "Fodam-se vocês todos", se outra pessoa escrevesse, mas não é o caso).
Gosto de mim assim mesmo. Por isso chega de crise. E nada de botar - o que quer que seja - na minha boca. Certo?

"(...) O MAIS DIFÍCIL NÃO É UM SER BOM E PROCEDER HONESTO; O MAIS DIFICULTOSO, MESMO, É UM SABER DEFINIDO O QUE QUER, E TER O PODER DE IR ATÉ NO RABO DA PALAVRA".

GUIMARÃES ROSA

segunda-feira, maio 16, 2005

Andréa, 7 anos

Declaração dos Direitos da Criança:

“A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos mesmos da sua educação”

E é assim mesmo. A gente aprende brincando. E não tem nada melhor. Ou quase nada!
Minha diversão atualmente é decoração. Esse final de semana fui às compras: puff, travesseiros de pena bem gostosos, colcha cor de burro fugido pra poder abusar nas almofadas. Faltam agora os puxadores das portas do guarda-roupas, o espelho, os tapetes e os quadros.
E o que eu aprendi? Uma palavra nova: paspartout.
Alguém sabe o que é? Eu descobri ontem. É aquele espaço, no quadro, entre a tela e a moldura.
Só sei que vou querer grandes! E pretos. Só não escolhi o que vão rodear ainda...
Mas isso já é brincadeira pro final de semana que vem.

Ela que tá dizendo

Frase atribuida a Marta Suplicy:

Se o horário oficial é o de Brasília, por que a gente tem que trabalhar na segunda e na sexta?

domingo, maio 15, 2005

Receita

Amanhã é segunda e como toda boa segunda é dia marcado para começar alguma coisa. Neste caso específico, dia de começar a academia e o japonês. Vou deixar o japonês pra lá neste momento, porque provavelmente terei mais a dizer sobre ele depois de iniciado. Mas sobre a academia, não posso perder a oportunidade de derramar lugares comuns de antemão, mesmo porque se deixar pra depois eu poderia ofender algum colega, quem sabe interessante, que eu possa vir a fazer por lá.
Ontem fui a uma pizzaria rodízio. Embalados por uns chopps e inspirados na Califórnia chegamos a uma conclusão: todos entramos nas academias maçãs. As mulheres procurando virar pêras. E os homens pêras invertidas. Somos mesmo umas bestas.
Entramos interessantes. Então gastamos tempo, dinheiro e calorias nos tornando insossos.
Eu começo amanhã. Espero ficar mais saudável e melhorar meu condicionamento físico. Não espero virar pêra, mas não seria mal se o pudesse ser com um temperinho. Pode?

aberta a

Andei usando o nick aberta a no msn. Quem entrava lá perguntava aberta a que e eu, convicta, respondia sempre aberta a tudo, sem preconceitos. Levaram a sério. E eu, agora, acho que exagerei. Aproveito esse espaço, então, para me explicar. Continuo aberta a. A todo tipo de proposta. Desde que depois de devidamente analisados eu tenha o direito de declinar os convites demasiado exóticos para meu estilo de vida conservador, ok?
Algumas coisas tenho até curiosidade para experimentar, mas ainda falta coragem. Por favor entendam. Façam o que eu digo, não o que eu faço. Para quem não me conhece, isto quer dizer, ouse. A palavra do ano, aliás, é ousadia. Sempre escolho uma na virada e acho que esse ano fui feliz.
Sou uma liberal inveterada. Sem nenhum preconceito. Apenas opto, normalmente, por um estilo básico. Não se pode ter preconceito contra ele também , ora.
Assim, por favor, evitem me convidar para mais almoços no Kikushi - comidinha mega macrobiótica - ou para aventuras de outros tipos que ainda não fazem a minha cabeça. Aquelas mesmas que por ventura estejam passando pela sua cabeça.
Assim, este será meu nick hoje: depois do Kikush, aberta a, pero no mucho.

sexta-feira, maio 13, 2005

Sotaque Lusitano

Assisti ontem a uma aula de bom gosto e a um filme que deixa muito a desejar. A fotografia não faz jus às paisagens. A trilha sonora peca por falta. O fim deixa a todos estupefatos.Mas a aula de história vale as duas horas d'Um Filme Falado. Os diálogos entre mãe historiadora e filha portuguesas, ou entre um comandante - John Malcovich - e suas passageiras famosas em um cruzeiro nos Mares Mediterrâneo e Vermelho são pouco ficticios. São também pouca interpretação. Hesitações de pessoas reais. O mais real nestes diálogos é a imperfeição.
Por outro lado, o filme é um primor poliglota. As legendas para os diálogos em Portugês podem irritar. Não falamos nós também Português, oh pá?!
Mas uma mesa em que cada um fala sua língua - francês, inglês, grego, português, e todos se entendem é o atrativo.

Deixei o cinema considerando.

Ao sair do shopping, ouvi na praça de alimetação, sendo tocada ao vivo, "I wish you werw here". Deu saudades. Essa é daquelas músicas que vão ficar para a minha trilha sonora.
Também antes de pôr o pé do lado de fora não resisti àquela loja mais escondida. e muito menos às versões reduzidas de Kandinsky.

Fui feliz pra casa. Dormir o sono dos justos e mais uma vez empurrar a arrumação do guarda-roupa para amanhã.

quinta-feira, maio 12, 2005

Compulsiva

Ontem cheguei ao cúmulo da compulsividade.
Há aproximadamente 7 meses estou brincando de gato e rato com um livro: “A sombra do meio dia”, de Sérgio Danese.
Em Brasília ainda, cheguei a encomendá-lo na FNAC. Só que quando meu exemplar chegou à cidade, vindo de São Paulo, era em que havia mudado para a grande metrópole.
Voltei a procurá-lo em Campinas, Uberaba, e nada de encontrar. Aqui em Sampa, persistente, mais uma vez, encomendei o dito cujo.
Ontem fui buscá-lo. Que alegria! Era ele mesmo. O objeto de desejo de meses e meses a fio.
Não resisti, é claro, e imediatamente pus-me a folheá-lo. Cheguei a minha casa apressada. Direto para o quarto. Para ler, precisei só acender a luz e pegar um lápis. Sim, porque ler sem um lápis é muito difícil. Afinal, ler é muito mais que passar os olhos.
10 horas, 11 horas, meia noite. Levantei para um copo d’água. Uma hora. Uma e meia. E lá estava eu. Prostrada. Acabando de processar a história. Muito bem contada, por sinal.
Fim do livro.

Recomendo.
Aliás, acho que vou ler de novo. Muito concentrada nas palavras, esqueci o lápis em momentos que não poderão ficar sem destaque.

domingo, maio 08, 2005

Febril dia das mães

Meus olhos ardem. A febre me toma. E passou o final de semana.
Estrada. Sol e vento para encontrar as mães em seu dia. Ganhei presente da minha. Essa família é mesmo torta.
Agora ouço Caetano. Caetanear. "esse papo seu já tá de manhã"...
Há horas cantarolava "até quando tudo pede um pouco mais de calma, até quando o corpo pede um pouco mais de calma, a vida não pára" ...e não pára mesmo.
Mas o melhor som foi Paganini na chegada. Trágico, e alegre e forte.

***
Descobri Nêmesis e a Lontra. Deusa e totem para 2005. A primeira, da justiça, das amizades, da liberdade e da criação. A segunda, da brincadeira, da intuição, dos companheiros ardentes.
Figuras. Na mitologia grega, no xamantismo, onde. Figuras. Servem à reflexão.

quinta-feira, maio 05, 2005

Todo mundo vale a pena, se a alma não é pequena.

Porteiro, presidente, motorista, faxineira, gerente, professor, almirante, cadete, desembargador, frentista. etc.

Falar com qualquer um deles tem o mesmo obstáculo:
ver a pessoa. Que no fundo, é igual a você.

Dando bom dia a cavalo.

555

Mais um ano, um mês e um dia será 666!
Ao som de Jorge Ben, comendo pipoca. Comemorando o dia. Pensando em ciclos.
Virtuosos, viciosos, ciclos. Estações, feriados, fins de semana, ocasos. Motivos pra celebrar!
Quebrar os ciclos também é legal: surpresa!Enfim, mais um ciclo - rotina e quebra!
Dor de garganta...conhece-te a ti mesmo. Limites.
Quando dizem dê tudo de si não é pra levar ao pé da letra!
Espirro. Agora não dá outra: é gripe na certa.
Vou ter que falar menos. Ai vem o efeito colateral: verborragia contida! Reinvindico calada o direito das mulheres: gastar 4000 palavras a mais. Por dia. Pra alguma coisa tem que servir esses movimentos de gênero!
Acordei de um pesadelo, e isso não é uma expressão! Era cedo, mas fiquei com medo de fechar os olhos.
Se a alguém parecer que tudo isso não tem nexo, não tem mesmo. A única ligação entre todas essas coisas é a minha existência.
E por falar em existência, se alguém vir Gabi por ai, diga pra dar as caras, que até eu ando com saudades!

dO estrangeiro

"Compreendi então que um homem que houvesse vivido um único dia poderia sem custo passar cem anos numa prisão. Teria recordações suficientes para não se entediar."

"espero que os cães não ladrem esta noite.Julgo sempre que é o meu."

quarta-feira, maio 04, 2005

Que dia!

Uau, que dia!
Trabalho, comixão mental, campanha do Blair, aniversário da responsabilidade fiscal...aliás, ela é do mesmo ano que minha maioridade! Fantástico.
Ontem fui dormir com o estrangeiro, e - calma, muita calma nessa hora, tô falando do livro do Camus, pois ainda não virou esculaxo total esse blog - acho que fiquei ligada na história. Agora fico pensando, e não desligo. E o pior é que na outra caixinha tem a trilha sonora, e na outra o metapensamento...quantas caixinhas tem no cerébro? Nao é possível, tá só piorando essa doença! E no computer tem um amigo em cada janela, e na estante mais livros por ler - um em cada página, e ...help!
Ansiosa? (comendo chocolate) elétrica? (batendo os pés) articulada?
Algúem me tira da tomada, por favor!!
Só hoje.

terça-feira, maio 03, 2005

elas por elas

Foram oito horas de trabalho. Diga-se de passagem, agora já é bastante trabalho. Depois, um filminho - Contra a Parede - muito bom por sinal; e um livrinho, um metrozinho, uma corridinha de taxi.
Ficaram elas por elas.
Acho contudo que foi um bom negócio: oito horas de trabalho por aproximadamente oito horas de deleite (com tudo isso e mais a leitura do "Retrato do artista quando jovem" de Joyce.)
Se você gosta do que faz, digo, no trabalho, a relação melhora bastante!

Na volta pra casa, momento de exaltação de Minas! Taxista de Sabará!
Não posso negar, isto também me dá um grande prazer!Estará contabilizado no balancete.
Bem que dizem que é preciso contar com o valor intangível das coisas!!
Dá até pra pensar que estou ficando rica!

domingo, maio 01, 2005

na cabeça

"nossas mentes são muito boas sofistas"- se é pra se convencer, que seja com aquilo que te deixa feliz! é tudo uma questão de argumentação.

"sonhe com o intangível: sonhe com um meio de locomoção e com o amor. Não com o carro modelo X e o namorado modelo Y - torne seus sonhos realizáveis"

"somos as nossas escolhas - nascemos com mil vidas e ao morrer precorremos apenas uma delas"

Fim de semana sem mais

Fim de semana promissor. Começou com uma volta pela Consolação, em busca do lustre perfeito. Nas ruas descubro que realmente o capitalismo é uma beleza! Vendem de tudo no sinal. Como em todo lugar tem bala, entreterimento e o condomínio celeste da consciência. Mas em São Paulo as coisas acontecem primeiro. Já há quem venda peito no sinal. OK. Mas, de volta ao que interessa... Não é que ele estava lá?! Meu primeiro lustre! Um panelão. Fez toda a diferença.
O quarto ainda precisa de ajustes. Faltam os puxadores para as portas dos armários, travesseiros fofos, tapetes com outro ar, um criado mudo. Adoro esse negócio: criado mudo. É como ter um mordomo, um servo, um cúmplice, só que mais confiável! Pensamento frouxo e barato esse, mas enfim, eles correm à frente da própria censura e os dedos só fazem ser fiéis.
Fim de sábado: surpresa boa. Diários de Motocicleta. Queria há muito ver o filme, mas não conseguia. Uma briga interior, preconceito versus curiosidade. E um pouco mais. Mas valeu o golpe. Sim, foi sem querer, querendo. A paisagem encanta. Fora o fato de que o Brasil não consta na América Latina do filme, posso dizer que temos, sim, primeira pessoa do plural, eu e demais brasileiros incluidos, um belo continente. Fora isso, O Gael conseguiu até fazer nascer uma certa simpatia por Che em mim.
Dormi até tarde no domingo. Mais um livro ali, um sapato aqui, uma tomada. E o quarto tá me convidando a entrar e viver uma vida nova. Adoro esse negócio de mudar por que junto com os ambientes a gente pode se reinventar.
Almoço às quatro, a três, comida libanesa. A sobremesa caiu bem: mantegal - uma mistura de tâmara com uma massa amantegada, coberta por pistache, ainda com uma deliciosa calda de laranja e água de rosas. Ai ai.
Enfim, o figurino ajuda no astral. Está fazendo um friozinho acolhedor, com cara de cachecol. Colorido. E assim rumo para o teatro. Vez da surpresa ruim. O melhor da peça é a sinopse. E talvez a idéia. "A última viagem de Borges", em busca da palavra perdida. Que tristeza, um equívoco atrás do outro e a Sherazade encheu, foi o fim. Salvaram-se as poucas palavras do verdadeiro Jorge Luis Borges - a realidade é o produto do sonho dos que já morreram - ou - as maiores batalhas se dão em silêncio - ou ainda - como enfrentar o espelho?
Uma lástima, mas não se pode acertar o tempo todo. Ao menos, no Sesc descobri que as celebridades de São Paulo se misturam com a gente anônima, não ficam segregados em setores inexplorados. Porque estava cansada de responder à primeira pergunta que fazem a quem quer que seja que mora em Brasília: você ja viu o presidente? NAO, nunca o vi pessoalmente. Mas sim, já vi os atores globais em São paulo ( a quem possa interessar).